Roubo de joias: quadrilha planejava invadir ao menos 15 imóveis em condomínios de Ribeirão Preto, aponta força-tarefa
26/11/2025
(Foto: Reprodução) Roubo de joias: quadrilha planejava invadir ao menos 15 imóveis em condomínios de Ribeirão
A associação criminosa por trás dos roubos de joias no interior de São Paulo e de uma rede de receptação que passava por três estados tinha o objetivo de invadir pelo menos 15 imóveis dentro de condomínios de Ribeirão Preto (SP).
A informação foi confirmada nesta quarta-feira (26) por agentes da Polícia Civil e do Ministério Público em uma coletiva com as conclusões da operação focada em esclarecer assaltos ocorridos em uma casa no bairro Ribeirânia, em maio deste ano, e em setembro, em um prédio de alto padrão na Rua Campos Salles, no Centro da cidade.
"Essa associação criminosa, segundo nós levantamos com um delator, pretendia realizar no mínimo 15 roubos em Ribeirão em condomínios. Esse trabalho efetivo da polícia nos dois primeiros evitou que mais 13 condomínios fossem assacados", afirmou o promotor de Justiça Paulo José Freire Teotônio.
'Arrastão' em prédio em Ribeirão Preto também foi planejado por quadrilha que atuava em 3 estados, diz delegado
Reprodução/ Fantástico e EPTV
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Com prejuízos estimados em cerca de R$ 10 milhões, os inquéritos relacionados aos dois crimes foram concluídos e resultaram em duas ações penais contra dezenas de envolvidos, parte deles, relacionados ao assalto no prédio do Centro, já considerados réus na Justiça.
Associação criminosa, receptação qualificada, adulteração de sinais identificadores de veículos, roubo e extorsão estão entre os crimes pelos quais os investigados devem responder.
"Ainda há pessoas que estão foragidas, continuará o trabalho da polícia para isso. Há duas pessoas que não foram identificadas", disse a promotora de Justiça Ethel Cipele.
Imagem mostra momento em que criminosos fogem após 'arrastão' em prédio de Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
Roubos de joias em Ribeirão Preto
Com uma rede de receptação que liga São Paulo, Minas Gerais e Paraná mostrada em primeira mão pelo Fantástico, a quadrilha em questão foi alvo de uma primeira operação em setembro depois de ser investigada por invadir residências para roubar joias. Entre os crimes cometidos, segundo a Polícia Civil, está um assalto a uma casa no bairro Ribeirânia, zona leste da cidade, em maio deste ano.
Depois de invadirem o imóvel, onde estavam um casal de idosos, o filho e uma funcionária, criminosos levaram 300 peças, incluindo um colar de ouro e diamantes, comprado há mais de 20 anos, reconhecido pela esposa da vítima enquanto era vendido ao vivo pelo programa "Mil e Uma Noites", do Paraná. A família passou a acompanhar a programação e identificou outras peças roubadas sendo comercializadas.
Segundo as investigações, somente neste assalto, a quadrilha levou em torno de R$ 5 milhões.
Em 24 de setembro, uma nova ação criminosa, também em Ribeirão Preto, chamaria atenção das autoridades. Dessa vez, o alvo foi um edifício de alto padrão no Centro de Ribeirão Preto, onde prestadores de serviço e moradores foram rendidos, resultando na invasão de seis apartamentos, de onde também foram levadas joias, com um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões..
A ação não só contou com várias pessoas envolvidas, como também com um planejamento, que incluiu o aluguel prévio de um imóvel no mesmo condomínio, com uso de documentos falsos, para facilitar a circulação dos criminosos pelo local.
Mesma quadrilha planejou arrastão em prédio e roubo de joias reconhecidas pela TV
As investigações indicaram não só que os suspeitos tinham a mesma forma de agir, como também apontaram que se tratava dos mesmos receptadores das joias, entre eles Diego de Freitas, conhecido nas redes sociais como "Diego Ouro", preso desde o início de setembro e agora mantido preso preventivamente.
Quantos são acusados?
A força-tarefa apontou o envolvimento de pelo menos 23 pessoas nos crimes investigados, com seis delas apontadas por participação nos dois casos.
Pelo roubo ocorrido em maio, na Ribeirânia, são 12 pessoas identificadas, que vão responder por:
roubo qualificado;
associação criminosa;
receptação, inclusive qualificada, adulteração de sinais identificadores de veiculo.
Nesse caso, ainda há duas pessoas não identificadas, uma apenas conhecida pelo codinome "Nem" e outra conhecida pelo codinome "Mensagem", segundo o Ministério Público.
Pelo "arrastão" no prédio do Centro, em setembro, são 17 identificados, 15 deles presos, e já considerados réus, que responderão por:
associação criminosa armada;
roubo qualificado;
extorsão qualificada;
furto;
receptação;
adulteração de sinal identificador de veículo;
uso de documento falso.
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