Operação mira fraude fiscal de R$ 70 milhões no setor de autopeças em SP
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Operação policial mira fraude fiscal de R$ 70 milhões no setor de autopeças
Divulgação/Governo de SP
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) realizou nesta quarta-feira (10) uma operação contra fraude fiscal no setor de autopeças envolvendo empresas fabricantes e distribuidoras de componentes do sistema de exaustão de veículos.
O prejuízo estimado aos cofres públicos é de quase R$ 70 milhões apenas nos últimos cinco anos, além dos mais de R$ 250 milhões já inscritos em Dívida Ativa.
Segundo a investigação, o grupo opera em toda a cadeia produtiva do segmento, desde a fabricação até distribuição para varejistas, além de manter práticas tributárias irregulares há anos, como manipulação dos valores declarados para pagar menos imposto.
👉 O sistema de exaustão é um conjunto de peças, como catalisador e silenciador, que coleta os gases gerados pela queima do combustível no motor, os trata e direciona para fora do carro.
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No total, havia 10 mandados de busca e apreensão em alvos localizados em Limeira, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, São José dos Campos e São Paulo. Os trabalhos contaram com a participação de 50 auditores fiscais da Receita Estadual em conjunto ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e Deinters.
Tributação
Segundo a Sefaz, os produtos comercializados pelo grupo estão sujeitos ao regime de substituição tributária, em que o ICMS é recolhido por um estabelecimento diferente daquele onde ocorre o fato gerador.
As investigações apontam haver fortes indícios de manipulação dos valores declarados para reduzir artificialmente a carga tributária total incidente.
A secretaria ressalta que essa prática gera vantagem competitiva indevida, causando prejuízo ao erário e afetando a concorrência no setor de autopeças.
Há ainda a suspeita de que as empresas envolvidas, embora tenham formalmente quadros societários distintos, estejam sob o mesmo comando.
O grupo utilizaria laranjas para simular autonomia entre as empresas, mas, na prática atuariam de forma coordenada para driblar a declaração de imposto.