O que falta para o polo de inovação em Barão Geraldo sair do papel? Entenda as etapas e prazos definidos
26/11/2025
(Foto: Reprodução) Reunião do PIDS com moradores de Barão Geraldo, em Campinas, em março de 2023
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Com a sanção da lei que cria o Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (PIDS) no distrito de Barão Geraldo, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (25), o projeto depende de outras 12 regulamentações para começar a funcionar plenamente - confira abaixo. Parte delas têm prazo para serem definidas, que varia de 180 a 360 dias a partir da promulgação da lei que sanciona o polo.
Cada decreto, quando publicado, libera uma parte do projeto para execução, permitindo que as obras comecem antes da conclusão de todas as normas. A operação do PIDS, porém, só acontece depois que todas as regulamentações forem concluídas.
A expectativa é que as primeiras construções no polo comecem no meio de 2026, segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini.
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O projeto foi aprovado pela Câmara há cerca de um mês com 24 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. A proposta prevê transformar uma área de aproximadamente 17 milhões de m² em um “espaço de desenvolvimento tecnológico, de pesquisa, inovação e sustentabilidade”.
O plano também modifica trechos atualmente classificados como Zona de Atividade Econômica (ZAE) para Zona Mista (ZM), permitindo a presença de atividades comerciais ao lado de residências “a partir de um modelo de desenvolvimento sustentável”, segundo a Prefeitura.
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Quais são as próximas etapas?
Segundo Coluccini, são 12 regulamentações que precisam ser elaboradas para detalhar regras sobre governança, uso dos lotes, habitação de interesse social, padrões técnicos e outros pontos. Esses decretos têm prazos escalonados para publicação:
180 dias para temas como padrão técnico de galeria compartilhada;
240 dias para governança;
360 dias para regulamentações ligadas a programas habitacionais.
Há também normas sem prazo definido, como critérios para projetos inovadores e aspectos de autosustentabilidade.
Perímetro do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) de Barão Geraldo
Prefeitura de Campinas
Cada regulamentação, quando publicada, permite que a parte correspondente seja executada. Isso significa que as obras podem ocorrer em etapas. Como as áreas são privadas, cada empresa será responsável por construir seu empreendimento e, como contrapartida, executar trechos do parque linear, drenagem e outras melhorias previstas no projeto.
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O que é o PIDS
O PIDS é a proposta da Prefeitura de Campinas para transformar 17 milhões de m² em um território voltado à tecnologia, pesquisa, inovação urbana e sustentabilidade em Barão Geraldo.
O plano redefine o zoneamento para permitir a convivência entre moradias, comércio e atividades econômicas, e organiza o território em duas áreas:
a prioritária, que receberá maior adensamento;
e a de ampliação, destinada a projetos inovadores.
O perímetro inclui o polo tecnológico, os campi da Unicamp e PUC-Campinas e o HIDS.
O projeto define usos específicos do solo, limita a altura dos prédios a 23 metros na área prioritária e a 14 metros na área de ampliação e permite densidade de até 500 moradias por hectare. Ele prevê um Programa de Locação Social para estudantes e trabalhadores de baixa renda.
No campo ambiental, o PIDS exige preservação de áreas verdes, renaturalização do Ribeirão Anhumas, ao menos 20% de área permeável por lote e adoção de soluções sustentáveis de drenagem.
A mobilidade prioriza pedestres e ciclistas, prevê passagens internas nas quadras e determina que toda a infraestrutura seja instalada de forma subterrânea.
A gestão ficará sob responsabilidade de um Comitê de Análise, que avaliará propostas e acompanhará indicadores. Obras de maior impacto, especialmente no entorno do CNPEM, precisarão apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança.
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