Instituto atrasa salários e rescisões de funcionários por falta de repasses da Prefeitura de Votorantim
03/12/2025
(Foto: Reprodução) Instituto atrasa salários e rescisões de funcionários por falta de repasses da Prefeitura de Votorantim (SP)
Prefeitura de Votorantim/Divulgação
O Instituto Moriah, responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central e Infantil, além do Hospital de Votorantim (SP), informou aos funcionários que os salários e rescisões estão atrasados devido à falta de repasses da prefeitura. A informação consta em um comunicado interno ao qual o g1 teve acesso, e que foi divulgado no dia 28 de novembro para os trabalhadores.
O g1 tentou contato com a prefeitura e o Instituto, mas nenhum dos dois retornaram aos questionamentos feitos pela reportagem.
Segundo o documento, a administração municipal enfrenta dificuldades financeiras e orçamentárias, o que teria impedido o pagamento das parcelas destinadas à manutenção das unidades de saúde. O instituto afirma que, por conta disso, não conseguiu cumprir com os compromissos trabalhistas.
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“Assim que o Município efetuar os repasses devidos, todos os valores pendentes serão imediatamente quitados”, diz o texto.
Instituto diz que salários estão atrasados na UPA de Votorantim por falta de repasses da prefeitura
Reprodução
O Instituto Moriah também reforçou seu compromisso com a transparência e o respeito aos profissionais que atuam no atendimento à população. No documento, também disseram que há diálogo constante com a prefeitura para buscar uma solução rápida para o problema.
A mensagem foi direcionada aos colaboradores das três unidades geridas pela organização.
O que diz prefeitura e instituto
Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de Votorantim e o Instituto Moriah não responderam aos questionamentos feitos pelo g1. Ambas as instituições foram questionadas pela reportagem no final de semana, com reforça do pedido de resposta ao longo dos últimos dias.
Crise em Votorantim
A gestão do prefeito Weber Manga (Republicanos) anunciou em setembro um pacote de medidas para conter a crise financeira enfrentada pelo município.
Entre as ações anunciadas estavam a redução do expediente da prefeitura para meio período, suspensão de horas extras, corte de marmitex para servidores e fechamento de prédios públicos, como a UPA Infantil e uma creche modelo inaugurada em 2024.
Empresas contratadas também reclamam de calotes superiores a R$ 500 mil, como a fornecedora de marmitex.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) emitiu alertas sobre arrecadação abaixo da meta e suspendeu licitações. A crise também levou a paralisações no transporte público, com motoristas alegando falta de pagamento.
Na época, a prefeitura alegou que passava por um problema de fluxo de caixa e que as medidas eram temporárias para garantir a continuidade das operações.
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