Depois dos cunhados de Rodrigo Manga, STJ concede habeas corpus a Marco Mott, amigo do prefeito afastado
26/11/2025
(Foto: Reprodução) Marco Mott é suspeito de operações esquema de corrupção em Sorocaba (SP)
Reprodução/TV TEM
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu nesta quarta (26) um habeas corpus (HC) em favor do empresário investigado pela Operação Copia e Cola, Marco Silva Mott, amigo do prefeito afastado de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos).
Mott está preso desde 6 de novembro. Ele é apontado como um dos operadores pela Polícia Federal nas questões relacionadas à operação Copia e Cola, que apura corrupção em contratos da Prefeitura de Sorocaba.
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STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF
O HC começou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 17 de novembro, 11 dias após os mandados de prisão. A decisão saiu depois que os cunhados de Manga também tiveram aprovado o habeas corpus.
A liminar determina a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. Elas são as seguintes:
Conforme o STJ, o ministro Sebastião Reis Júnior, ao conceder a liminar, concluiu pela ausência de tempo razoável entre os fatos apresentados e os motivos que levaram a prisão de Marco Silva Mott.
O ministro observou que a medida era desproporcional, considerando a primariedade do investigado e a ausência de violência nos crimes imputados. Também entendeu que não foi demonstrado o alegado risco à ordem pública.
Monitoramento eletrônico - tornozeleira;
Recolhimento de passaporte;
Proibição de manter contato, por qualquer meio, diretamente ou mediante terceiros, com os demais investigados;
Proibição de acesso e frequência à sede da Prefeitura Municipal de Sorocaba e de manter contato com quaisquer servidores.
A defesa de Marco Mott disse que não vai comentar a decisão. Também investigados pela Polícia Federal, Josivaldo Batista de Souza e Simone Rodrigues Frate de Souza já haviam conseguido a medida.
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Entenda toda a operação
A investigação que levou à operação Copia e Cola teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação da Organização Social (OS) Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde em Sorocaba. A OS fez a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden.
Entenda a Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga Rodrigo Manga
O g1 e a TV TEM conseguiram, com exclusividade, em julho de 2024, acesso a documentos de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio Grande do Sul. Com base nessas informações e em outras reportagens publicadas, o g1 preparou uma linha do tempo sobre o caso, das reuniões em 2020 às operações em 2025.
Os documentos traziam elementos, obtidos via interceptação telefônica e quebra de sigilo de mensagens, de que a relação entre os investigados e a OS começou antes mesmo da eleição de 2020 e teria sido conduzida diretamente por Manga. Os documentos já estão com promotores de Sorocaba.
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