Campinas castra 147 capivaras e programa esterilização de animais do Parque Ecológico; entenda
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Campinas castra 147 capivaras e programa esterilização de animais do Parque Ecológico
Campinas (SP) vai iniciar o manejo reprodutivo das capivaras do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim até a próxima semana, segundo a prefeitura. A área verde tem cerca de 30 animais e será o quarto parque da cidade a receber os serviços.
Antes do início das cirurgias, a equipe técnica da Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas) avalia o melhor local para instalar os bretes — estruturas usadas na captura dos animais. A instalação dos equipamentos deve começar entre esta e a próxima semana.
Com a ação, a prefeitura espera reduzir o risco de transmissão da febre maculosa por meio do controle populacional.
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Desde que o programa teve início, no dia 26 de setembro de 2024, 147 capivaras já passaram pela esterilização em três áreas verdes do município: Lagoa do Taquaral, Lago do Café e Parque das Águas.
Depois do Parque Ecológico, a ação será feita no Parque Hermógenes de Freitas Leitão, Parque Linear Capivari e Parque Linear Ribeirão das Pedras.
As capivaras são infectadas pela febre maculosa apenas uma vez na vida e não apresentam sintomas, resistem bem à infecção.
Tomaz Nascimento de Melo
Como é feito o manejo?
Segundo a Seclimas, o procedimento é realizado por uma equipe de quatro veterinários e começa com a ceva — alimentação controlada em locais e horários específicos —, seguida da captura e das cirurgias.
Para minimizar o estresse das capivaras, a secretaria utiliza câmeras e dispositivos de captura automática. O sistema fecha o recinto automaticamente quando os animais entram no espaço, permitindo o monitoramento prévio do comportamento. A tecnologia já foi usada no Parque das Águas e também será adotada no Parque Ecológico.
A administração municipal ressaltou que o processo é autorizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
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Rogério Capela
Febre maculosa
🦠 A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.
🔎 A transmissão ocorre por meio da picada do carrapato-estrela, presente em ambientes com vegetação e encontrado em diversos animais, inclusive nas capivaras.
Campinas registrou quatro casos da doença desde janeiro de 2025, com três mortes de moradores da cidade.
2023: 20 casos (16 com transmissão em Campinas) e sete óbitos de residentes
2024: oito casos (todos com transmissão em Campinas) e um óbito de residente
2025 (até o momento): quatro casos (dois com transmissão em Campinas) e três óbitos de residentes
Nesta semana, a Secretaria de Saúde reforçou o alerta à população sobre os cuidados durante o período de sazonalidade da febre maculosa, que vai de maio a novembro.
Nesse intervalo, predominam as fases jovens do carrapato — micuim (larvas) e vermelhinho (ninfas) —, que aumentam o risco de transmissão por serem menos seletivas quanto ao hospedeiro.
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